quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A história começa quando Eva resolve desobedecer a “Ordem Divina” e comer a maçã...

( PARTE I )

Tinha tudo pra dar errado. Mas ele é muito igual a mim.

É sério. Eu nunca pensei. Nunca mesmo.

Naquele dia nós já tínhamos certeza de que seríamos um do outro, só não sabíamos quando isso aconteceria – na minha cabeça NUNCA, na dele EM BREVE – mas mesmo assim continuamos com nossas trocas de olhares e beijos roubados.

Com 15 anos, terminando o primeiro ano do segundo grau, mais precisamente no dia 3 de Novembro de 2005, eu o beijei. Bêbada é claro.

Em sã consciência eu não faria isso, jamais. Tinha guardado e bem guardado meu sentimento por ele, eu era sua melhor amiga e não podia colocar tudo a perder, mas como bêbada só fala a verdade... eu o agarrei e beijei.

Foi maravilhoso. Eu senti as borboletas no estômago. O frio na barriga. O fogo subindo pelo corpo.

Tudo culpa dele. As mãos no meu cabelo, o pescoço suado, a barba mal feita. Cheguei até a esquecer que estava no meio do Largo das Neves, viajei pra outra dimensão naquele beijo.

Eu sabia que não tinha ninguém na minha casa. Talvez também não tivesse ninguém na dele. Eu não sabia o que eu queria, mas ele estava decidido a não passar de beijos e amassos naquela noite. Eu não. Sem saber, eu queria mais, e insisti na tentativa de levá-lo pra minha casa. Foi em vão. A bêbada era eu e não ele. É claro que ele não faria nada comigo, pelo menos nada que um de nós pudesse se arrepender depois.

Eu passei a odiá-lo a partir desse dia. Vomitei pela manhã todas as borboletas que estavam no meu estômago. Não acreditei que eu pude ser tão idiota ao ponto de “encher a cara” e colocar tudo a perder. Me senti horrível, me senti uma criança por ele não querer dormir comigo. Uma idiota.

Ao mesmo tempo, eu não conseguia esquecer aquele beijo. A boca mais gostosa que eu já beijei.

Não! Eu não podia pensar nisso!

O tempo foi passando e a gente voltou a se falar. Por incrível que pareça, ficamos mais amigos, foi uma época maravilhosa. Até que uma noite eu bebi novamente, um pouco além do necessário e ele apareceu na praça. Bêbada, louca e com uma paixão “encubada” eu o agarrei e o beijei. Todos viram. Ninguém entendeu. Foi maravilhoso de novo e eu tive certeza que era aquilo que eu queria. Ai meu Deus! Vocês já viram bêbado ter certeza de alguma coisa?!

Eu o afastei e o agredi. É mesmo! Dei uma porrada nele e o xinguei de alguma coisa que eu não lembro. Fui embora e chorei. Por mais que eu o amasse não podia dar o braço a torcer e ficar com ele depois do que ele fez comigo...


(Continua...)


E o fim de semana passou...

As coisas estão indo bem. A cabeça, o trabalho, o namoro...

Não resolvi, definitivamente, minha situação com meu pai e está cada vez mais difícil achar um lugar pra morar.

Passei um tempo na casa da minha sogra, me sinto muito a vontade lá, mas não acho certo. Até por que não havia recebido ainda e estava lá sem dar dinheiro algum a ela. Assim que eu receber é fato que farei isso. Minha mãe também não sabe o que vai fazer da vida e meu irmão não sabe se passou nas provas.

Nesse fim de semana quase não dormi – embora eu tenha feito muitas coisas – eu estava muito preocupada e minha cabeça estava a mil.

Ele não estava bem, dor de cabeça, vômito e outros probleminhas... pode ser nervoso, tensão, ansiedade e pode ser qualquer outra coisa. O fato é que temos que descobrir o que é. Conversei muito com minha sogra nas madrugadas desse fim de semana que passou. Conversei muito. Foi ótimo. Ri demais. A companhia dela é maravilhosa, ela faz qualquer pessoa se sentir bem. Aprendi muito com ela. Ainda vou aprender muito mais... Ele não se preocupou muito. Acho que hoje ele está melhor. Não sentiu dor nenhuma e estava muito bem... MUITO BEM MESMO!

Passamos o fim de semana inteiro juntos – da mesma maneira que temos passado todos esses três meses de namoro – e eu tenho consciência de que isso pode desgastar o nosso relacionamento, mas ao mesmo tempo eu sei que isso não vai acontecer. Ele já conhece todos os meus defeitos e eu os dele. Não estamos vivendo uma paixão cega de adolescente, pelo contrário, é um amor maduro que me faz pensar em muitas coisas que jamais pensei em fazer antes. Casar por exemplo.



Ele uma vez me fez prometer. Eu prometi. Mas eu sempre fui uma pessoa de esconder meus problemas, nunca gostei de contá-los a ninguém. Até que eu passei a me abrir com o Surendra e a Janaki. – Inclusive eu tenho muitas saudades – Mas isso não é uma coisa que eu gosto de fazer entende? Acho que os problemas são meus e só meus. Essa é a minha dificuldade no relacionamento. Ele me fez prometer que eu nunca esconderia um problema dele, que sempre que eu tivesse um problema, uma preocupação que fosse eu contaria. Mas ele já tem problemas demais, stress demais e preocupações demais pra ficar ouvindo minhas lamentações. Não acho certo, mas ao mesmo tempo me sinto mal. Queria contá-los, mas não sei como, já que a maioria das minhas preocupações começam e terminam com ele. Na verdade com a gente.



Eu nunca fui assim, sempre fui de deixar as coisas acontecerem no relacionamento – na verdade em tudo na minha vida – mas não sei o que está acontecendo. As vezes sinto que tem uma nuvenzinha preta sobre minha cabeça. Parece que tem alguma coisa que não me faz ir pra frente. Sei lá... talvez seja eu mesma. Talvez meus medos estajam voltando. Minhas inseguranças.



Fui a praia com meus amigos, relaxei, foi ótimo!

Maurício mergulhou com meu celular....

Eu conheci mais minha sogrinha e a tenho como uma pessoa muito especial no meu coração a cada dia que passa...

Eu conversei com a Cristina...

Conversei muito com o Marquinhos...

Vou pra uma entrevista de emprego...

O Maurício melhorou...

Falei com a minha mãe...

O Fluminense ganhou...



Essas foram algumas das coisas boas do meu fim de semana...

Um dia antes do apagão

Preciso escrever para passar o tempo.

Gosto.

Estou no trabalho agora mas não me restou nada a fazer.

Telefonemas, relatórios, dúvidas de alunos, ler revistas, notícias no Google e atualizar planilhas...

... Tudo pronto.

Hoje eu encontrei a Mainá no ônibus. Devo um War e uma visita a ela. Fui ao banco – Aaaah! Ar Condicionado. Muito bom nesse calor! – e depois vim trabalhar. Eu contei que ontem não fui pra Ilha? Pois é, fiquei em pé no ponto das 22:05 até ás 22:55 e nada do ônibus chegar. Absurdo! Tive que voltar e dormir com meu amor e minha sogrinha novamente.

A desorganização da minha vida está começando a se organizar para que eu possa desorganizá-la novamente. Isso é bom. É bom por que finalmente vou tomar um rumo certo e responsável na minha vida.

Preciso aproveitar para dizer aos leitores que meu “post” anterior sobre casamento foi só uma reflexão... não vou casar tão cedo... pensamos para o final de 2011 ou começo de 2012, ta longe! – Pelo menos pra nós – Não precisam se preocupar.

Passam das 21 horas e está tudo tão calmo por aqui – além da chuva que desaba lá fora – e sempre que minha cabeça se desocupa dos meus pensamentos idiotas, eu acabo pensando nele. O que será que ele esta fazendo agora? Será que a dor de cabeça dele passou? Que “level” deve estar bonequinho do Tíbia dele? Tocou violão hoje? Se alimentou bem? Ainda esta na casa do Thiago? ... enfim, perguntas que eu já sei da resposta por que provavelmente nada mudou desde que eu liguei pra ele a última vez – Há mais ou menos 2 horas atrás – mas é isso que a convivência e o amor fazem com a gente. E eu sei que vai ser uma semana difícil.

Dia 12, depois de amanhã, a gente completa três meses. Quase nada né? – só se for pra vocês porque pra mim parecem anos – Então já me preparei para a crise. Não é mais ou menos isso? Não dizem por aí que tem a crise dos três meses, depois dos seis meses, depois dos dois anos? Acho que foi mais ou menos assim que me disseram, embora eu saiba que é praticamente impossível termos algum tipo de desentendimento ou crise – além da crise financeira é claro – e eu nem sei explicar o por que de tanta união, cumplicidade e amizade. Na verdade sei sim... foram – não tenho muita certeza – cinco anos construindo essa amizade, se conhecendo, passando por cima do orgulho e do ego, passando por cima de milhões de sentimentos que poderiam ter sido e não foram. A gente já brigou o suficiente enquanto não éramos namorados. * Voltando... aí vem a saudade e deixa tudo mais sensível, mais vulnerável mais doloroso quando estou longe dele, para quando eu estiver perto...ser tudo mais bonito, mais intenso e mais forte.

Vou indo nessa... já são quase dez da noite e eu preciso ir embora; Só para não perder o costume:

BONS SONHOS

- embora eu saiba que vai ser difícil sonhar; provavelmente eu não vou nem dormir... -