quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009


"There's nothing you can teach meThat I can't learn from Mr. Hathaway
I didn't get a lot in classBut I know it don't come in a shot glass."
Rehab (Amy Winehouse)

domingo, 8 de fevereiro de 2009

“Carros e faróis me perseguem.
Vultos e sombras me fascinam nesse dia de chuva.
Eu quero experimentar adrenalina.
Amar! Mudar!
Eu não quero só falar de sexo, quero fazer amor.
Eu quero a luz acesa, quero comprimidos, praia, sol, noite e você.”


“...se o destino realmente existir, seja ele quem for, ele é contra o amor...”


“Eu queria uma notícia das estrelas...”

Não sei tirar minhas próprias conclusões, formar opiniões, fazer críticas, ser cruel.
Não sei sorrir sem querer, parar de escrever, não sei cantar.
Eu jogo o jogo das sombras, arco-íris sem cor. O medo ás vezes me toma o amor.
Me reviro na cama na madrugada, fecho os olhos e nada. Por que essa solidão?
No meu peito só tem pedras e também em meus sapatos, no caminho, obstáculos.
ME FAÇA PARAR!
Ainda alimento a esperança de ser alguém melhor e sorrir.
Ah! Se eu pudesse nunca mais parar. E se um mundo nunca mais girar que nem gira agora?
Volta, gira, roda...

“Me faça um favor? Me desobedeça, me vire a cabeça, me leve pro céu.
Já sou tua! Faça o que quiser.”

Homens? Quem precisa deles? EU!!

Minhas amigas acham estranho e engraçado o jeito com o qual eu falo dos homens e o quanto eu entendo sobre seus pensamentos sem ao menos ter tido uma única experiência amorosa concreta.
Respondo: minhas experiências serviram pelo menos para que eu escreva esse texto ( e renderam também boas risadas entre amigas...).
Será que alguém pode explicar pra eles que nem sempre nós mulheres queremos casar, ter filhos e plantar uma árvore? CARAMBA! Já inventaram o inseticida, pra quê mais precisamos deles? Nós já podemos pagar a conta no final do jantar, afinal, ocupamos cargos tão importantes quanto os deles.
Por um momento eu me traí... nós mulheres costumamos ser assim...
É sempre bom chegar em casa do trabalho e ter pra quem ligar, contar como foi o dia e perguntar se quer dormir com você no fim de semana.
É sempre bom ter um motivo a mais pra se arrumar, ficar linda, gostosa e perfumada.
Deve ser maravilhoso se sentir amada...
Por fim, acho que não tem jeito. Sempre vamos precisar deles pra alguma coisa. Não adianta...Por trás de uma grande mulher sempre há um grande homem, mesmo que ele seja seu pai.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mulher sofre. Eu então...

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve (hauhauhauahuahau).

Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu “namorado” ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas pelo menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba! Vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus! Era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?
_..é... é, isso. (sabia eu que diabos era CAVADA...)

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Berenice, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.
- Assim?

Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.

- Arreganhada né?

Ela riu. Que situação! E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o SAMU. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.

- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia maldita, mas topei né? Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Berenice.

- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
-Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe de arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?!?!?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei
esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?
- Hein?!?!?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu... Enfim né? Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: Peraí, mas tem cabelo lá?
Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra! Por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A bruaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais,
vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o ... tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho, me dar uns beijinhos? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar?!? Eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

Filha da puta foi a mulher que inventou a "cavadinha".

Autor(a): Assumo! Mas as culpadas são:
Raísa
Yasmin
Juliane
Adriana

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Entre falar e ouvir. Escrever e sentir...

Existem músicas que falam por mim.
Outras falam de mim.
Outras de momentos pelos quais eu passei.
E isso pode ser horrível ás vezes.

Leninne: “...vai ver se eu to lá na esquina, devo estar.
Já deu minha hora e eu não posso ficar.
A lua me chama eu tenho que ir pra rua...”

Capital Inicial: “Meu caminho é cada manhã,
Não procure saber onde estou.
Meu destino não é de ninguém e
Eu não deixo os meus passos no chão.
Se você não me entende não vê
Se não me vê não me entende
Não procure saber onde estou se o meu jeito te surpreende...”

Tim Maia: “...quando a gente ama não pensa em dinheiro,
Só se quer amar, se quer amar, se quer amar.
De jeito maneira, não quero dinheiro.
Quero amor sincero, isso é o que eu espero.
Grito ao mundo inteiro, não quero dinheiro:
EU SÓ QUERO AMAR!”

Djavan: “Cantar é mover o dom do fundo de uma paixão,
Suduzir, as pedras, catedrais, coração...
Vou andar, vou voar, pra ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar, encheria o que eu tenho de fundo...”

Legião Urbana: “Sempre precisei de um pouco de atenção,
Acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto.
Nesses dias tão estranhos,
Fica a poeira se escondendo pelos cantos.
Esse é o nosso mundo,
O que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez é sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos?
Os assassinos estão livres, nós não estamos.
Vamos sair, nós não temos mais dinheiro.
Os meus amigos todos estão procurando emprego
Voltamos a viver como dez anos atrás
E cada hora que passa envelhecemos dez semanas.
Vamos lá, tudo bem, eu só quero me divertir...
...e mesmo assim, não tenho pena de ninguém....”

A lista é imensa.
Silêncio.

Segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Queria entender a magia da infância.
Brincamos de boneca, carrinho, médico...e ficamos aqui, com esse vazio.
Que coisa!
Todos as pessoas nos querem enquanto somos criança. Crescemos e...?

O Sol do arpoador ilumina o Rio de Janeiro.
Que inveja.
Eu queria ser o Sol.
Pode ter nuvens que ele está lá.
Pode chover que ele está lá.
O Sol nasce e se põe sem se importar com que os outros vão dizer ou pensar dele.
Passa o dia ali, iluminando toda parte, e se vai, dando lugar a grande mãe Lua.

As crianças são como o Sol. Inocentes,\fazem o que querem, o que gostam, sem pensar.
As crianças iluminam.
Quem me dera voltar.

Quem me dera ser Vinícius.
Quem me dera ser Tom.
Ou apenas um Semitom.
Quem me dera escrever uma Bossa ou um samba-canção.