Ainda não sei dos nossos planos...

Convido todos a viver uma vida a dois. Vocês vão ver quanto é maravilhoso e terrível. Vocês vão perceber o quanto é incrível e ordinário. Sem mais, indico, deveria ser umas das novas sete maravilhas do mundo.

Desalojada e desapropriada de minha própria casa (embora muitos digam que não foi bem assim), fui morar no kutir. Pra mim, uma espécie de templo, de lugar calmo, repleto de regras e paz. Em meio a muita felicidade veio o sufoco. Não sei pq passei a me sentir tão sufocada. Lá era ótimo (lá é ótimo), adorava os devotos, adorava dormir na caminha do "happy days" e também gostava (gosto) muito do Su e da Janaki. O que aconteceu?

Eu não sabia, é claro, mas eu precisava de mais. Mais do que aquilo. Eu precisava me conhecer, me entender e não que me entendessem. Eu encontrava a todos menos a mim mesma. Foi quando eu decidi ir pra casa da minha avó. Passei então a morar na Ilha do Governador. Era ótimo. Matei a saudade da minha família, aprendi a fazer pavê e saia aos fins de semana para rever meu bairro e meus amigos. Dormia sempre na casa de uma amiga.

Em um desses fins de semana (com os amigos), conversei, ri, me diverti e percebi. Percebi que não adiantava fugir de algo (um sentimento) e de alguém (aí eu me refiro ao ser humano) durante cinco anos e continuar fingindo que também não sentia nada. RIDÍCULO. Decidi parar. Não sei se foi o Swami, krishna, Shiva, Santo Antônio, Minha mãe ou uma cigana, eu sei que alguma força me ajudou a decidir finalmente que sim.

Namorar em Santa Teresa e morar na Ilha do Gov. é complicado. Não estava dando muito certo e o meu dinheiro também estava acabando. Tentei voltar para a casa do meu pai. Não deu. A Ilha do Governador estava ficando cada vez mais longe de Santa Teresa, os fins de semana estavam demorando cada vez mais pra chegar, foi quando eu fui ficando...minha sogra foi deixando...eu fui ficando...ela perguntou e eu fiquei.

Hoje, dividindo um quarto, mais precisamente, uma cama com o homem da minha vida, descobri que viver com quem você ama é maravilhoso. E pra muitas pessoas que se perguntam até quando isso vai durar, eu respondo com a frase do poeta: "Que seje eterno enquanto dure..."

Beijos e Bons sonhos!

Quando começa tudo outra vez...?

Não dá pra entender tudo que se passa na minha cabeça... não dá pra entender nem 50% do que se passa na minha cabeça. E eu preciso me organizar. Me organizar no tempo e no espaço. Pensar nas coisas que quero agora, nas que eu queria no passado e consegui, conclui; e nas que eu não conclui.

Não conclui por exemplo a faculdade de psicologia, não tenho ido ao kutir, não tenho ido visitar minhas amigas e nem tenho saído pra me divertir como gostaria. Não tenho estado muito bem saúde e nem tenho ganhado tanto dinheiro quanto mereço.

Por outro lado me encontrei em muitas coisas. Me decidi.

Me achei em meio a um monte de papéis e redações. Escritora? Leitora? decidi fazer comunicação. É disso que sempre gostei sem saber. Foi isso que eu sempre fiz sem fazer.

certa vez, voltando de Teresópolis, a mãe de uma grande amiga minha (Ana Maria, mãe da Estela) disse que eu não tinha perfil de quem faria uma faculdade só e se dedicaria a isso, ela disse (e estava muito correta) que eu tinha o jeito de quem faria várias faculdades. Gosto de estudar. Gosto de entender, exercitar o cérebro, colacar as coisas para funcionar. A Aninha estava certa.

Me encontrei também numa coisa que parecia perdida pra mim. O amor. Coisa estranha é o amor. meu Prof. Dráuzio (de Filosofia) ressaltou em sua última aula uma coisa muito interessante sobre o amor, fazendo uma analogia com uma lenda da mitologia grega: Poros (O Deus mais belo do Olimpo, dedicado, o Deus do Expediente) e Plínia (A pobreza, mendiga, a Deusa da Mizéria) tiveram um filho, Eros, o Deus do amor. Portanto, o amor é fruto da beleza e da mizéria. O que é maravilhoso. Essa citação do Prof. Drauzio me fez perceber o que estou vivendo. Que é o amor. Esse foi mais um encontro que eu fiz comigo mesma.

O dever me chama...tenho que ir trabalhar...

Boa Tarde e como de costume: BONS SONHOS